seringa

Tubo de vidro ou metal, com extremidade afilada e êmbolo para premir líquidos a serem introduzidos; o termo advém de syrinx (flauta), alargando-se ainda no sentido de pipeta, canal subterrâneo, galeria. Interessante é a lenda a respeito da seringa. A ninfa do mesmo nome tinha sido tenazmente perseguida por um fauno sem escrúpulos e brutal. Não obstante, era deus... o deus Pã da mitologia. À noite, saía de sua furna caçando as virgens, e para isso se desfigurava num misto de homem e de caprino. Sucede, entretanto, que certa vez foi iludido pela virgem Seringa (Sírinx), fugindo para as margens de um rio, onde o pai a transformara em caniço. O perseguidor, uma vez vencido, não teve outro remédio senão apelar para a arte que personificava, a música de sopro, da qual Pã é o símbolo. Cortou então do bambual sete tubos desiguais e com eles construiu o seu instrumento, a flauta, que passou à história. Os gregos chamaram o instrumento de seringa. Para eles seringa é a mesma flauta de Pã. Por analogia, tivemos em nossa linguagem o tubo com que se aplicam injeções, o oco por onde corre o êmbolo, o que guarda longínqua semelhança com o caniço ou o bambu da lenda. A palavra (pelo latim syringa) sofreu no vernáculo uma dissimulação da primeira vogal, assim averbada pelos nossos léxicos.


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